Para tornar possível a compreensão da Sociologia como a ciência que estuda o ser humano através das relações sociais que pratica, faz-se necessário, antes de mais nada, compreender os contextos histórico, cultural e social nos quais ela surge.
A Sociologia tem data e local de nascimento: nasce dentro do sistema capitalista pós Revolução Industrial numa Europa transformada por ideias alimentadas desde o Renascimento até o Iluminismo e que tomam forma na realidade através das revoluções que marcaram os séculos XVIII e XIX.
Pensar a atualidade da Sociologia é pensá-la como a ciência social do moderno. Não do moderno no sentido historiográfico (a Idade Moderna), mas do moderno da alta tecnologia, da vida urbanizada, do trabalho industrial e pós-industrial.
No fim do século XIX a civilização ocidental (capitalista e desenvolvida industrialmente) vangloriava-se de ter atingido o ápice da capacidade humana através do conhecimento científico.
Mas no mesmo momento Darwin, Freud e Nietzsche nos faziam descer de nossos altares orgulhosos e prepotentes, lembrando-nos de nossa condição homem-animal, homem-incosnciente e homem-irracional, respectivamente.
Chegamos ao século XX. E daí vieram as grandes crises, as duas Grandes Guerras e as grandes bombas. Mas também vimos chegar um consumo gigantesco de coisas insignificantes, o surgimento de atividades profissionais que não faziam muito sentido para o trabalhador.
Agora, neste início do século XXI, valores tradicionalmente sustentados pela civilização ocidental estão postos em xeque. Novos arranjos familiares aparecem. Os conflitos armados resultam dos mais diversos motivos. O consumo desenfreado é estimulado ao mesmo tempo em que o medo ambiental toma conta.
Chegamos à Pós-Modernidade.
A Sociologia, portanto, tem muito o que estudar e contribuir.
O vídeo abaixo é parte o filme "Nós que aqui estamos, por vós esperamos" do diretor brasilerio Marcelo Masagão. Creio que suas imagens ilustram de forma pertinente e provocativa este texto. E você, o que acha?
Um abraço!